Você deve crer em algo porque a Escritura o ensina

Sua crença deve estar de acordo com a vontade de Deus como revelada na Escritura, de forma que você não deve crer em algo porque ele supostamente produzirá melhor os resultados que você quer, mas você deve crer em algo porque a Escritura o ensina. Isto é, você não deve crer em algo sobre Deus porque você quer que Ele seja dessa forma, mas você deve crer em algo sobre Deus porque a Escritura lhe diz que Ele é dessa forma.

Vincent Cheung
As doutrinas da graça

Não há alma viva que defenda mais firmemente as doutrinas da graça que eu, e se algum homem me pergunta se porventura me envergonho de ser chamado Calvinista, respondo que eu não quero ser chamado de nada além de Cristão; mas se você me perguntar, eu defendo a visão doutrinária que foi defendida por João Calvino, eu replico, estou no centro de sua defesa, e estou feliz por professá-la. Mas, longe de mim, sequer imaginar que Sião não contém nada além de Cristãos Calvinistas dentro de seus muros, ou que não há ninguém salvo que não defenda nossa visão. Creio que há multidões de homens que não conseguem ver estas verdades, ou, pelo menos, não conseguem vê-las do modo em que nós as colocamos, mas que não obstante, têm recebido a Cristo como seu Salvador, e são tão queridos do coração do Deus de graça como o mais ruidoso Calvinista dentro ou fora do Céu.

C. H. Spurgeon
A ignorância bíblica dentro da igreja

A ignorância bíblica dentro da igreja parece ser mais profunda e mais espalhada que em qualquer outra época desde a Reforma Protestante. Se você duvida, compare o sermão típico de hoje com um sermão aleatoriamente escolhido de qualquer grande pregador evangélico anterior a 1850. Também compare a literatura cristã de hoje com quase tudo publicado por editoras evangélicas há cem anos ou mais.

John MacArthur
Cristianismo não diz respeito a seguir um conjunto de regras

Você já deve ter ouvido que o “Cristianismo não diz respeito a seguir um conjunto de regras”. Isso é verdade num sentido, mas apenas num sentido, e aqueles que repetem isso freqüentemente têm uma visão antinomiana antibíblica. Indubitavelmente o Cristianismo não consiste de um conjunto de regras que diz “Não manuseie!”, “Não prove!”, “Não toque!” (Colossenses 2:21), na medida em que sejam “mandamentos e ensinos humanos” (v. 22). Mas, e acerca destes “Não sejam orgulhosos, mas estejam dispostos a associar-se a pessoas de posição inferior. 5 Não sejam sábios aos seus próprios olhos. Não retribuam a ninguém mal por mal… Amados, nunca procurem vingar-se… Não se deixem vencer pelo mal, mas vençam o mal com o bem” (Romanos 12:16-21)? Certamente que a vida cristã exige “Ame o seu próximo como a si mesmo”, mas este é apenas um resumo de “'Não adulterarás', 'Não matarás', 'Não furtarás', 'Não cobiçarás', e qualquer outro mandamento” (Romanos 13:9), pois “o amor é o cumprimento da Lei” (v. 10). Isto é, andar no amor é fazer tudo aquilo que é ordenado pela lei.

“Cristianismo não diz respeito a seguir um conjunto de regras” é, portanto, uma declaração muito enganosa. Não somos justificados por obedecermos aos mandamentos de Deus, uma vez que não podemos obedecê-los antes de sermos cristãos. Mas quando Deus nos salva, ele concede o Espírito Santo para nos dispor à obediência das suas leis: “Darei a vocês um coração novo e porei um espírito novo em vocês; tirarei de vocês o coração de pedra e lhes darei um coração de carne. Porei o meu Espírito em vocês e os levarei a agirem segundo os meus decretos e a obedecerem fielmente às minhas leis” (Ezequiel 36:26-27).

Portanto, se por dizer “Cristianismo não diz respeito a seguir um conjunto de regras”, queremos dar a entender que não somos justificados simplesmente por obedecermos as leis de Deus, então isso procede. Mas se queremos dizer que não há leis divinas a seguir na vida cristã, isso não procede. De fato, os crentes são regenerados e justificados e portanto podem obedecer as leis e mandamentos de Deus, tal que se uma pessoa não demonstrar um estilo de vida definido de obediência aos mandamentos bíblicos, não é cristã, não importa o que diga. Ela pode dizer com grande convicção: “Jesus Cristo morreu pelos meus pecados e eu confio nele como meu Salvador. Jesus é Senhor!”. Essa pessoa não está falando a verdade; ela não é cristã. Novamente, uma pessoa não é salva

Vincent Cheung
Devemos confrontar as falsas

É apropriado e algumas vezes necessário que os ministros discutam essas questões tanto em privado como em público. Os ministros devem advertir as pessoas sobre falsas doutrinas e falsos mestres, às vezes anunciando os nomes dos hereges, para que os crentes possam evitá-los. Todavia, um foco desordenado nas falsas doutrinas, mesmo em se opor a elas, gera um ministério fora de equilíbrio. Como não é o hábito de Paulo tolerar os falsos ensinos, não é frequentemente que ele refere-se diretamente aos seus conteúdos ou descreve-os em grande detalhe. Aqui ele menciona que a heresia incluía a ideia “que a ressurreição já aconteceu”.

Devemos confrontar as falsas doutrinas, mas não devemos ser tomados por elas e tornarmo-nos obcecados com elas. Satanás tem capturado a atenção de exércitos inteiros de cristãos professos atiçando os seus “desejos malignos”, de forma que eles confundem justiça própria e vanglória com a satisfação do genuíno serviço cristão e a pregação do evangelho. O efeito positivo que eles têm pela causa de Cristo é algumas vezes praticamente nulo. Mas cuidado! Se você lhes disser isso, eles se voltarão e realizarão alguma de suas “apologéticas” em você!

Vincent Cheung