O tesouro oculto do reino de Deus

O tesouro oculto do reino de Deus

O reino dos céus é semelhante a um tesouro oculto no campo, o qual certo homem, tendo-o achado, escondeu. E, transbordante de [literalmente a partir de sua] alegria, vai, vende tudo o que tem e compra aquele campo. Essa parábola descreve como alguém se converte e é levado para dentro do reino dos céus. A pessoa descobre um tesouro e é impelida pela alegria a vender tudo o que tem para adquirir esse tesouro. O reino dos céus é a morada do Rei. O anseio de estar ali não é um desejo de ter um terreno no céu, mas de ser companheiro do rei. O tesouro no campo é a comunhão com Deus em Cristo. Eu concluo com essa parábola que para entrarmos no reino dos céus, nossa conversão deve ser profunda, e convertemo-nos quando Cristo se torna para nós uma arca do tesouro de alegria santa.

Na conversão encontramos o tesouro oculto do reino de Deus. Arriscamos tudo nele. E, ano após ano, nas lutas da vida, comprovamos repetidamente o valor do tesouro e descobrimos novas profundidades de riquezas que não conhecíamos. Assim a alegria da fé cresce. Quando Cristo nos chama para um novo ato de obediência que nos custe algum prazer temporal, lembramo-nos do valor insuperável que é segui-lo e, pela fé no seu valor provado, esquecemos o prazer mundano. Qual é o resultado? Mais alegria! Mais fé! Mais profunda que antes. E assim avançamos de alegria em alegria, de fé em fé. Por trás do arrependimento que dá as costas ao pecado e por trás da fé que se entrega a Cristo esta o nascimento de um novo gosto, de um novo anseio, de uma nova paixão pelo prazer da presença de Deus. Essa é a raiz da conversão.

John Piper