Algumas Objeções ao Darwinismo

Algumas Objeções ao Darwinismo

• Adaptação - A seleção natural de Darwin pode não conferir vantagem para sobrevivência: as criaturas que evoluem menos parecem viver muito mais (Taylor). [1]

• Resistência a antibióticos - Parece surgir de um mecanismo interno: a evolução deve ser ‘cega' (Hunter). [2]

• Explosão cambriana - O Darwinismo pressupõe mudanças graduais lentas, não o surgimento abrupto de mais de 30 filos de animais e depois nenhum outro filo: o surgimento súbito de formas complexas de vida aconteceu há uns 525 milhões de anos. Não surgiram grupos principais de animais desde então (Gould). [3]

• Ancestral comum - O Darwinismo exige que toda a vida surgiu de um ancestral comum: a origem da vida pode ser muito mais fácil se houver mais de um ancestral (Woese). [4]

• Competição - O Darwinismo exige a ‘sobrevivência do mais apto': a cooperação é importante na evolução (Margulis). [5]

• Simulações da evolução em computador - Memórias grandes de computador podem imitar longas extensões de tempo evolutivo: o programador geralmente adiciona pressuposições que favorecem a evolução (Berlinski). [6]

• Convergência - Os mamíferos marsupiais ocupam o mesmo nicho que os placentários: os padrões aparecem na natureza que parecem exceder o acaso (Wesson). [7]

• A questão da falseabilidade - Ultradarwinistas como Dennett insistem que algo como o Darwinismo deve ser verdade: uma teoria que não poder falseada não pode ser científica (Popper). [8]

• Algumas ou nenhuma forma transicional - O Darwinismo exige mudança gradual de uma forma se transformando em outra: as novas formas de vida aparecem sem longa sucessão de ancestrais óbvios (Patterson). [9]

• Problema histórico - O Darwinismo quer ser como a Física: a ‘inveja da Física' faz com que o Darwinismo arrisque parecer como a sociologia (Eldredge). [10]

• Fósseis vivos - Algumas criaturas sobrevivem por eras sem evoluir (barata, celacanto): contrário à teoria, eles variam mas não evoluem (Grassé). [11]

• Novos desenvolvimentos importantes - estruturas complexas como o pulmão das aves, o olho das lagostas, o flagelo bacteriano devem surgir por acaso: não existe caminho nítido para o acaso na maioria dos casos (Denton). [12]

• O relógio molecular (quadro de horários das mudanças): os cálculos de computadores pressupõem que mais divergência genética significa uma ancestralidade comum mais antiga: não há consenso sobre a taxa na qual a mutação ocorre (Maddox).

• Alcance da seleção natural - O Darwinismo deveria ser capaz de explicar as grandes mudanças: evidência para pequenas mudanças via seleção natural é comum, mas para grandes mudanças é rara (Patterson).

• Seleção positiva - há pouca evidência para isso: o Darwinismo deveria ser capaz de explicá-la (Kimura). [13]

• Questão da probabilidade - o Darwinismo significa evolução aleatória: não há tempo suficiente para evolução aleatória (Yockey). [14]

• Equilíbrio pontuado - o ‘segredo do negócio' da paleontologia é que ela não apóia o Darwinismo estrito: novas formas de vida aparecem de forma comparativamente súbita e não gradualmente como Darwin pensou (Gould). [15]

• O problema do gene egoísta - a reprodução sexual significa que as formas de vida transmitem apenas a metade de seus genes: por que o sexo começaria num mundo de ‘gene egoísta'? (Eldredge). [16]

• Seleção sexual - o sexo é mais complicado do que Darwin pensou: até onde o sexo apóia a seleção natural? (Roughgarden). [17]

Observação: Estas objeções são levantadas por cientistas que, em princípio, aceitam a evolução e que representam sérios problemas para a evolução darwinista em particular.

NOTAS:
[1] - TAYLOR , Gordon Rattray, The Great Evolutionary Mystery (Londres: Secker & Warburg, 1983), p. 87-88.
[2] - HUNTER, C. G., Darwin's Proof: The Triumph of Religion over Science ( Grand Rapids , MI : Brazos Press, 2003), p. 24-25. A ‘religião' que venceu a ciência, na tese de Hunter, foi o Darwinismo.
[3] - GOULD, Stephen Jay, Wonderful Life: The Burgess Shale and the Nature of History (Nova York: W. W. Norton, 1989). Especialmente o cap. 3.
[4] - WOESE, Carl, in “Theory challenges Darwin doctrine of common descent”, UniSci: Daily University Science News (June 18, 2002), University of Illinois . Vide também http://unisci.com/stories/20022/0618021.htm
[5] - MARGULIS, Lynn , “Gaia is a Tough Bitch” in John Brockman, editor, The Third Culture” (Nova York: Simon and Schuster Touchstone, 1996), p. 36-37, 129-51.
[6] - BERLINSKI, David, “A scientific scandal”, Commentary (April 2003)
[7] - WESSON, R.G., Beyond Natural Selection [1991] (Cambridge, MA: MIT Press, 1994), p. 184, 186.
[8] - POPPER, Karl, The Logic of Scientific Discovery (Londres: Hutchinson, 1959), p. 109.
[9] - PATTERSON, Colin, citado por Phillip E. Johnson, Darwin on Trial , (Downer's Grove, IL: InterVarsity Press, 1993), p. 23-24.
[10] - ELDREDGE, Niles , Reinventing Darwin (Nova York: John Wiley, 1995), p. 197.
[11] - GRASSÉ, Pierre-Paul, evolution of Living Organisms: Evidence for a New Theory of Transformation [1973] (Nova York: Academic Press, 1977), p. 87-88.
[12] - DENTON, Michael. In “An Interview with Michael Denton”, Origins Research (July 20, 1995), vol. 15, # 2.
[13] - KIMURA, M., in “Population genetics and molecular evolution”, The John Hopkins Medical Journal (June 1976), vol. 138:6:260.
[14] - YOCKEY, H., Information Theory and Molecular Biology (Cambridge: Cambridge University Press, 1992), cap. 9.
[15] - GOULD, Stephen Jay, “Evolution's erratic pace”, in Natural History (May 1977), vol. 136:5:14
[16] - ELDREDGE, Niles , Reinventing Darwin (Nova York: John Wiley, 1995), p. 169.
[17] - ROUGHGARDEN, Joan Evolution's Rainbow: Diversity, Gender and Sexuality in Nature and People , ( University of California Press , 2003).